12/31/2008

JCVD: O Filme (JCVD - 2008)

Comentário completamente off: eu sei que estou há MESES sem postar nessa budega, mas tem alguns filmes que não dá apenas para comentar com seus amigos e etc. Existem uns filmes que gosto de desabafar, seja pra bom ou pra ruim. A melhor maneira disso é postando no meu blog (quase) abandonado de filmes.

Então se você lê essa porra, não se anime demais. É só de vez em quando =P

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Título brasileiro: JCVD: O Filme
Título original:
JCVD
Ano: 2008
Gênero: Comédia / Crime / Drama
Tipo: Filmes
Duração: 96 minutos (1:36)
Site do IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1130988/
Nota do IMDB:
7.7/10 (3800+ votos)

“É tão estúpido matar pessoas. A vida é tão bonita”

Antes de me xingar de tudo quanto é palavra por ler algo que não deveria, recomendo que leia as Regras dos Spoilers.

Nunca fui fã de Jean-Claude Van Damme. Muito pelo contrário, na verdade ele para mim está no mesmo patamar de Steven Seagal, Chuck Norris, Silvester Stallone e muitos outros atores de filmes tipicamentes de ação. Ou seja: ignoro completamente todos os filmes de tais atores.

Então você deve estar se perguntando: qual é o motivo de ter assistido JCVD?

Bom, vamos do começo: um belo dia frio com um sol que só servia para iluminar o ambiente eu estava ajudando meu primo na reforma da casa que ele comprou há algum tempo atrás e ele me falou: “Igor, você já viu o novo filme de Jean-Claude Van Damme?” e eu falei logo: “Não, mas não me interessa. Afinal é Jean-Claude Van Damme. Não tem muito o que esperar.”. Daí ele comentou que parecia um filme diferente (ele ainda não tinha assistido) e que a nota do IMDB era muito boa.

Eu que não tinha o menor interesse de ver, já passei a ficar curioso. Pesquisei o nome no IMDB e me deparo com um filme de nota 7,9 (atualmente 7,7) e que tinha como gênero Comédia e Drama (isso foi o que mais chamou atenção). Era impossível acreditar que Van Damme tinha um filme com nota 7,9 e ainda mais de drama. Era justamente esse “ver para crer” que me chamou mais atenção ainda para ver o filme.

Consegui o filme, mas passei um tempo com ele sem vê-lo. Até que na manhã congelante de natal, estava intocado em casa e sem muito que fazer (teria ceia mais tarde, mas pela manhã não havia nada pra fazer), fiz dois pacotes de pipoca de microondas, peguei um copo grande com coca-cola e resolvi finalmente assistir JCVD.

“Não o cumprimente, apenas tire uma foto.”

Não tinha lido nada sobre ele e fui descobrindo que Van Damme atua como ele mesmo na obra cinematográfica. Ou seja: um ator que ficou famoso há muito tempo atrás com películas como “O Grande Dragão Branco” e que ultimamente só fazia apenas filmes “B”. Tinha sumido da mídia e o único motivo de fazer tais filmes era apenas para sustentar sua esposa e filha. Por falar nelas, ele estava lutando na justiça para reaver com a sua filha (isso é mostrado no início do filme), mas que a própria filha não quer ficar com ele (diz claramente que não quer ficar com o “papai” porque sempre quando ele aparecia na TV, seus colegas tiravam sarro dela. Como se não ficar com o “papai” resolveria isso).

Depois de perder a filha, Van Damme resolve voltar para a Bélgica para começar tudo de novo (para quem não sabe, Van Damme é belga e foi pros states quando ainda era jovem). Nessa ida a Bélgica ele acaba indo para um posto de correio em Bruxelas por algum motivo e depois de um tempo um tiro passa perto de onde ele está. Um policial que estava no lugar resolve averiguar o que foi e se depara com Van Damme na janela de tal posto falando: “Afaste-se! Saia daí!”. Quando chega mais perto do posto de correio, acaba sofrendo vários tiros não se sabe de quem e consegue sair com apenas um tiro na perna. Pega o rádio do seu carro e diz: “Preciso de reforços, Jean-Claude Van Damme está roubando o posto de correio”.

Agradeça por ter saído vivo. Tem muita coisa pior pela frente

Esse é apenas o início do filme. Não considero como um spoiler, mas sim como uma sinopse, porque é essa a estória. É nisso que o filme se foca.

O tema é exatamente esse. Na minha opinião é bem simples e nada de criativo. Apesar disso tudo é muito melhor que todos os outros filmes dele para mim. Um ponto positivo.

Mas o interessante do filme não é o tema. Logo de início você descobre que o filme não é linear. Se você não souber o que é um filme linear, é aquele que é contínuo, ou seja: a ordem sempre é início, meio e fim. “Mas todos os filmes não são assim?”, não. Quer dois bons exemplos de filmes não lineares? “Cidade dos Sonhos” (Mulholland Drive – 2001) e “21 Gramas” (21 Grams – 2003). O filme é MUITO rápido no início, mas depois volta e explica parte do que aconteceu naquele meio tempo para depois continuar de onde parou. O recurso de um filme não ser linear tem que ser utilizado de uma forma muito boa para você não ficar confuso, senão você nunca irá saber se aquilo vem antes ou depois e acaba se perdendo. Felizmente JCVD utilizou esse recurso de forma simples e dá para identificar facilmente quando um e outro evento ocorrem. Uma das formas utilizadas pelo diretor foram frases já ditas antes como uma conversa de telefone que você acompanha o comissário de polícia falando com Van Damme, mas só a visão do comissário. Em outra parte do filme mostra apenas a visão de Van Damme falando a mesma coisa mostrada antes.

Outra coisa que não é nem um pouco esperada e foi bem interessante de se ver: todos os atores atuando muito bem. Sem exceção. Van Damme é o destaque, não apenas por ter atuado como um profissional, diferente de quase todos os seus outros filmes, como também por ser algo novo, afinal, você não está acostumado de ver Jean-Claude atuando. Algumas ações foram dignas ao menos para um prêmio qualquer de melhor ator e não duvido que esse filme acabe ganhando algo (se é que já não ganhou).

Além da atuação dos personagens, todos tem suas personalidades, o que é um ponto BÁSICO de um filme, mas por algum motivo a maioria dos filmes atuais, sejam eles ruins, razoáveis ou bons, normalmente definem por colocar um personagem carismático para suprir a falta de personalidade dos outros. Funciona? Sim, funciona. Mas é algo improvisado. É como você abrir uma lata de refrigerante sem querer e para não escapar o gás, fazer o ato clássico de colocar uma colher na tampa. Inclusive os três personagens principais após Jean-Claude se baseiam por: um homem de 30 anos fã de filmes de karatê (e de Van Damme), um maníaco que não está preocupado com o que precisa fazer para se dar bem e um homem facilmente convencido pelo que Van Damme fala e que quer se dar bem da melhor maneira possível sem prejudicar os outros. Além de outros personagens como um descendente árabe com complexo de inferioridade em relação a sua descendência e um comissário que o único motivo de estar no caso era justamente para fazer a sua fama, afinal Van Damme estava envolvido.

O diretor também corta as cenas normalmente com uma frase filosófica e uma delas é de Shakespeare (não sei quanto as outras), que é a de baixo:

“O tempo e a hora passam através do pior dia...
...e tudo passará”


Van Damme e Shakespeare! Quem diria.

O aproveitamento do tema também tem de ser admirado. O tema é simples, mas foi bem desenvolvido e te prende do início ao fim. O diretor utilizou recursos como eventos imaginários (eu comentei na crítica de “Vanilla Sky” que eventos imaginários têm como principal característica deixar o espectador em dúvida se tal coisa aconteceu ou não. Se for utilizado de forma branda, deixa o filme bastante interessante. Se for utilizado de forma exagerada, ou tem de ser bem desenvolvido – ou explicando ao decorrer do filme – ou vai acabar tornando um filme de “genial” para um “fracasso”) poucas vezes, mas todas as vezes foram bem utilizados.

Além das características que mais chamam atenção que acabei de citar (atuação, personalidade, tema bem aproveitado), o filme conta com um “visual” diferente. Se você não fizer uma pesquisa no IMDB e não conhecer Van Damme (ou seja: ter vivido numa bolha desde os anos 80) você pode se atrapalhar com o ano do filme. Em melhores palavras: ele não parece um filme do século 21, mas um dos anos 80. Não sei o motivo do diretor ter destacado isso, mas na minha opinião ficou algo bom, diferente e criativo.

Uma das partes mais marcantes do filme é uma em que JCVD faz um monólogo. Nesse monólogo ele mistura a realidade e a realidade do filme (de uma forma bem branda, tanto que não tem como você atrapalhar). Nessa parte ele comenta o sacrifício que fez para virar um ator famoso e que não gostava de ver pessoas que tem tantas ou mais qualidades que ele em pior situação. O mais marcante desse monólogo não é apenas o que ele fala, mas sim COMO ele fala. Ele mostra que está revoltado, mostra que está chateado, mostra que está desesperado e etc. Uma das partes que mais requer atuar, e Van Damme não deixa pra menos.

“Mas ainda hoje eu me pergunto: o que eu fiz nessa terra?
Nada! Não fiz nada!”

No final de tudo, o diretor ainda usa o recurso de evento imaginário novamente, mostrando como tudo terminaria se fosse um filme normal de Van Damme (pelo menos eu interpretei dessa forma) e logo depois mostra o que aconteceu na realidade. Foi muito bem feito e mostra que nem sempre as coisas são felizes (e mentirosas) e como é dura a vida real. Na foto abaixo você pode perceber como o diretor utilizou o recurso de “clarão” como se desse a impressão de que: “Acabou. Tudo acabou bem. Ninguém saiu ferido. Nosso herói Van Damme nos salvou”.

“Van Damme! Van Damme! Van Damme!”

O final, para mim, deixou a desejar, mas não chega a ser ruim. O caso é que não combina com o filme. É muito “feliz”.

Mas concluindo esse longo texto:

“JCVD” é um filme que deve ser visto por todos. Seja você fã ou não de Van Damme, simplesmente deixe para lá todo tipo de preconceito sobre Jean-Claude e assista como se fosse um filme qualquer com um ator desconhecido.

No final das contas você não irá se arrepender e terá visto um ótimo filme.

Basta Jean-Claude Van Damme continuar nessa safra de filmes e ele terá todo um passado ruim apagado facilmente como se estivesse escrito a lápis. Atuar ele provou que sabe, falta a valorização. Isso só é conquistado depois de uma série de sucesso.

“I put my trust in you”
Joy Division – A Means To An End

Estrelinhas copiadas e editadas descaradamente do IMDB

See you next time!

Igor

4/09/2008

Cloverfield - Monstro (Cloverfield - 2008)



Título brasileiro: Cloverfield - Monstro
Título original: Cloverfield
Ano: 2008
Gênero: Ação / Ficção Científica
Tipo: Filmes
Duração: 84 minutos (1:24)
Site do IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1060277/
Nota do IMDB: 7.8/10 (63000+ votos)

Antes de me xingar de tudo quanto é palavra por ler algo que não deveria, recomendo que leia as Regras dos Spoilers.

Taí um filme que pelo que ouvi dos meus conterrâneos, não fez sucesso no Brasil. Já aqui fez uma repercussão lerda.

O motivo da falta de sucesso no Brasil talvez deva-se ao filme ser estilo "[Rec]" e "Bruxa de Blair". A visão é exatamente a do camera-man e no filme o tal camera-man corre sempre. Então já imagine o resultado: tontura total.

O filme não tem muita estória. Tudo o que você sabe é que um dos principais está indo para o Japão e que é feita uma festa de despedida para ele e é no meio dessa festa que acontece a "destruição". Primeiro tem um terremoto, logo após tem uma explosão ao longe e um prédio muito alto é derrubado (acho que é o Empire State, não tenho idéia). Daí em diante cinco das personagens se unem para tentar sair de NY e segue assim até seu fim.



As únicas informações que você tem sobre o monstro são as mesmas que as personagens tem, nem mais nem menos. Existe uma informação sobre o monstro no final do filme. Puro "easter egg", bem típico de J.J. Abrams (Lost quem o diga). Mais abaixo falo sobre ela.

A idéia do camera-man ser uma das personagens é original, mas ainda não é tão bem vinda. Muitos odiaram o filme apenas por ele ter utilizado esse método, disseram ter saído "tontos" do cinema (como se isso fosse explicação pra classificar um filme como ruim). Mas convenhamos: não tem forma melhor de você "entrar" no filme do que essa. É simplesmente emocionante nas partes de ação.

Esse também é um filme em que tem atores desconhecidos e que atuam bem, assim como "[Rec]". Outra prova que não é necessário os "grandes" de hollywood. A atuação é legal, todos expressam seus sentimentos da melhor forma possível. Longe de merecerem o "oscar", mas fizeram o melhor que podiam.



Há partes do filme em que você fica realmente "chocado" e os atores ajudam nisso (até exageram). Acho isso muito legal e uma boa vantagem.

O filme também demonstra bem a vida de um típico cidadão de New York, pelo menos nas partes iniciais e nas gravações antigas (as de 27 de abril. Os acontecimentos do monstro destruindo NY são em 22 de maio). E isso está ficando cada vez mais raro: mostrar a típica vida do local de filmagem.

De chato é apenas mesmo a "tontura" que você sente se ver esse filme em telonas. Quando vi no cinema saí tonto e com dor de cabeça, mas me senti realizado, pois tinha visto um bom filme.



E... não tenho mais o que falar. "Cloverfield" é indescritível. É um filme em que você tem que assistir para ver se é bom ou ruim. Desculpe se a crítica ficou pequena e ínfima, mas não dá pra falar. O filme também é bem pequeno, a duração é um pouco maior que a do "[Rec]" só.

Prepare-se porque virá uma sequência (de acordo com o IMDB). Não sei como farão uma sequência desse filme, mas OK. Deixa esse trabalho com o J.J. Abrams.

Quanto ao "easter egg" do final. Pra você que já viu o filme (se não viu tá lendo esse parágrafo porque?): última cena, em que tem a visão do parque. No canto direito da tela, observe com atenção, cai tipo um "asteróide" na água. Um alien? É. Nada de muito impressionante, mas OK. Esperarei pela sequência que virá em 2009. Não boto uma foto, pois texto muitos podem pular, mas pra foto a curiosidade é maior.

O filme também discute sobre várias teorias, mas como explica no final, mesmo de forma escondida, tá valendo. É bom ouvir a opinião de várias personagens do mesmo filme, DESDE QUE EXPLIQUE NO FINAL. Critiquei sobre as obras de Stephen King sobre isso.

Quanto a minha recomendação: assista sozinho, assista com a família e assista com os amigos, mas se classifica um filme como ruim apenas porque ele te deixa tonto, tome distância.


Estrelinhas copiadas e editadas descaradamente do IMDB

Link pra baixar o filme no PSPenguin (por mim): http://pspenguin.mygoo.org/filmes-f1/cloverfield-cloverfield-monstro-2008-t99.htm

Até a próxima =]

Igor

Sonhando Acordado (The Good Night - 2007)



Título brasileiro: Sonhando Acordado
Título original: The Good Night
Ano: 2007
Gênero: Drama / Comédia / Romance
Duração: 89 minutos (1:29)
Site do IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0484111/
Nota do IMDB: 6.2/10 (1700+ votos)

Antes de me xingar de tudo quanto é palavra por ler algo que não deveria, recomendo que leia as Regras dos Spoilers.

Assisti esse filme faz quase duas semanas, por isso comentarei sobre ele antes que eu esqueça, já que não pretendo assistir de novo.

O filme conta com conhecidos como Simon Pegg, Penélope Cruz cara de pato, Martin Freeman e o "desaparecido" Danny DeVito. Teoricamente era para ser uma comédia sobre um cara (Martin Freeman) que tem problemas sexuais com a sua mulher e tem um amigo completamente idiota e com manias estranhas. Isso não é nenhuma fórmula de sucesso, mas dá pra fazer um filme em que você saia do cinema com um sorrisinho na cara e conte partes engraçadas do filme para seus amigos.

Martin Freeman começa a sonhar com a "mulher dos sonhos" (Penélope Cruz) e sua vida está em tamanha merda que ele prefere sonhar ao invés de viver a realidade. Com isso passa a preferir a dormir no tempo livre que tem.

O filme é basicamente isso. O cara foge cada vez mais da realidade para sonhar e ter a mulher que sempre desejava. Enquanto isso, na vida real, seu relacionamento com Dora (Gwyneth Patrol) está cada vez pior. No filme é retratado o passado de Martin Freeman, mas a maioria das coisas são sem importância.

O tema é chato e é exatamente isso que o filme é: chato pra caralho. Ele não é parado, é apenas chato. O início do filme é tão repetitivo e sem estória que você pensa em tirar o DVD do aparelho.

Bom, eu pelo menos sou um cara paciente e é muito difícil que não veja um filme até o final. Com isso pude descobrir que a verdade é que "Sonhando Acordado" acerta e erra ao mesmo tempo.



OK, deixe-me explicar: no início tem partes em que dá para tirar um sorrisinho da cara, mas fica por aí. Fica algo bem típico de "era pra ser engraçado, mas não é". Mas depois de algum tempo essas partes começam a ficar cada vez mais escassas. Então você deve pensar: "o filme vai morrer". Na verdade não.

O filme se torna um drama e de qualidade razoável. Tudo bem que eu não esperava MESMO por isso, mas mesmo assim veio de "boa forma".

A questão principal é que o filme não segue um drama direto. Ele se alterna entre "comédia" (principalmente quando Simon Pegg aparece) e drama novamente. Isso é horrível! Pode começar com comédia, tornar-se drama e logo depois tornar-se comédia de novo. Não faço questão disso, mas pelo menos permaneça ESTÁVEL. Não fique alternando várias vezes entre um estilo ou outro.

"Click", apesar de ser um bom filme, assim como a maioria dos de Adam Sandler, comete o MESMO erro. A partir do momento que você torna-se um drama, permaneça assim até segunda ordem. Não vejo problemas em se tornar comédia novamente, mas CONTINUE assim por algum tempo. Grandes alternadas não são legais.

Atuações? Penélope Cruz atua de maneira fraca, Danny DeVito é a mesma bosta de sempre, Simon Pegg me decepcionou e Martin Freeman é o único que faz jus a sua atuação. Ainda assim só prova o que qualquer um sabia: ele não serve para comédias.



Outra coisa: esse roteirista tem algum trauma com fracassados? Martin Freeman é um fracassado em todos os sentidos: romanticamente, socialmente, financeiramente... é um completo MANÉ. Danny DeVito consegue ser ainda pior (incrível), além de morar em um lugar de merda. Simon Pegg parece o cara fodão até que de repente declara como mais um dos "bobões", Penélope Cruz não conta, já que ela participa mais como parte do sonho de Freeman do que outra coisa.

Fazer filmes sobre pessoas doentes de alguma forma (mais de doenças mentais) é sim legal. Fazer filme de fracassados já requer um pouco mais de "habilidade" e o produtor deste filme provou que não tem essa habilidade. Então faça algo mais "solto", mais legal e menos melodramático! My God!

O filme é ultra repetitivo também. Mostra a vida de Martin Freeman e repete, repete, repete... parece um jogo em que você não consegue passar de uma fase, por isso tenta formas diferentes até conseguir passar dessa fase.

A diferença é que um jogo pode ser divertido até mesmo o sacrifício de repetir a mesma fase... ja esse filme...



GASTAR 15 MILHÕES DE DÓLARES PRA FAZER... ISSO? O FANTÁSTICO "PI" FOI FEITO COM 60 MIL DÓLARES!

Fuckin' assholes...

Ahh... mas esse filme não é de todo ruim. Vejamos algumas vantagens:

A que eu citei acima é uma delas. O drama, apesar de vim junto com comédia (é uma mistura que é bem vinda, mas só se vier de forma bem desenvolvida) é de boa qualidade. Tudo bem que filmes de "fracassados" estão meio "fora de moda", mas os "fracassados" souberam demonstrar o que realmente eram.



Outro é o tema. Apesar de trabalhar com sonhos ser algo beeeeeeeeeeeem clichê, foi bem estruturado. Aceito o que o filme retratou até de boa vontade e acho legal sim a idéia de que devemos nos refugiar em nossos sonhos de vez em quando. DE VEZ EM QUANDO, ok?

Há partes em que realmente você dá risada. São raras, mas existem. Sei que isso é normal para um filme de comédia, mas ultimamente vejo tanto besteirol na praça que acabo me impressionando com filmes que tem uma ou duas partes bem engraçadas.

E apesar da Penélope Cruz estar longe de ser uma das mulheres dos meus sonhos, ela está bem sensual no filme. Nas atuações, no geral foi fraca, mas teve grandes "altos". Os sonhos em geral são bem trabalhados. Uma das grandes vantagens.

Quanto ao final: nada de especial. Pelo menos não foi algo ruim, mas é bem previsível.

Quer minha sincera opinião sobre esse filme? Alugue ou baixe (não compre, pois estará perdendo dinheiro) e deixe reservado pra na hora que não tiver ABSOLUTAMENTE NADA pra fazer (incluindo filmes melhores para se ver). De resto estará perdendo seu precioso tempo.


Estrelinhas copiadas e editadas descaradamente do IMDB

Link pra baixar o filme no PSPenguin (por mim): http://pspenguin.mygoo.org/filmes-f1/the-good-night-sonhando-acordado-2007-t10.htm

Até a próxima =]

Igor

4/02/2008

[Rec] ([Rec] - 2007)



Título brasileiro: [Rec]
Título original: [Rec]
Ano: 2007
Gênero: Terror / Suspense
Duração: 75 minutos (1:15)
Site do IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1038988/
Nota do IMDB: 7.9/10 (1900+ votos)

Antes de me xingar de tudo quanto é palavra por ler algo que não deveria, recomendo que leia as Regras dos Spoilers.

Bem, assisti esse filme espanhol ontem. Foi lançado em DVD recentemente e a nota do IMDB me atraiu. Eu me perguntava como um filme de terror com um tema tão clichê tenha a nota 7.9 no IMDB.

Bom, eu pelo menos votaria com um '8' nesse filme, já que não existe '7.5' no IMDB, que seria a minha nota real.

Os fatos são muito simples:

-Inovador no quesito "filmagem": o filme é todo como se fosse uma gravação de uma reportagem de um programa chamado "Enquanto Você Dorme". Por isso você tem a mesma visão que o camera-man. Nem mais, nem menos.

"Inovador" não significa que seja bom. É meio enjoativo de ver as vezes uma câmera se movendo com tanta frequência, mas aplaudo a criatividade! Antes que me falem que "Bruxa de Blair" já fez isso, eu falo logo porque o [Rec] é inovador: é como se fosse uma gravação de um programa de TV sem ser editado. Isso sim, eu ainda não vi em nenhum filme.



-Suspense em alta quando é necessário: apesar do filme não ser totalmente "aterrorizante", ele consegue te deixar em uma angústia fenomenal quando as "merdas" acontecem. O filme usa o "terror psicológico" e o "terror de sustos", algo como o jogo "Resident Evil" (o primeiro, porque o resto é só "terror de sustos") usa. E é isso que todo filme de terror deveria ser: assustador e angustiante! Nada mais!

-Título simples, fácil de decorar e que não é clichê: [Rec]. "Rec" é quando você está gravando algo por uma câmera e aparece "Rec" em um dos cantos, isso qualquer menino de 5 anos sabe. Os colchetes são porque algumas câmeras usam eles. Só faltou a bolinha vermelha indicando que está gravando, mas no poster ela está (veja você mesmo).

É algo simples e criativo. Bem do tipo: "como ninguém nunca pensou nisso antes?". Bem, finalmente usaram a cabeça.

-Naturalidade: em "Cloverfield", não há uma explicação concreta para o cara filmar o que se passa no filme inteiro, além do fato de que ninguém não está nem aí para a câmera. Um ou outro aparece de vez em quando e reclama disso, mas é como se falasse apenas para dizer: "alguém tem que reconhecer a câmera".

Já em "[Rec]", a câmera é perguntada por todos e quem não pergunta, observa de "cara feia". Além de que quando a câmera fica ativa mais tempo do que deveria, você pode ver a atriz principal falando para o camera-man que ele grave independente do que aconteça. Isso deixa algo mais REAL. Isso em "Cloverfield" é muito, mas MUITO artificial. No post dedicado a ele, falarei isso com mais detalhes.

A "naturalidade" de "Sorria, está sendo filmado" também é aplicada para o resto do filme. As reações de cada um fazem você pensar que está vendo mesmo algo filmado, "guardado" e que foi pouco editado. Inclusive as vezes não me tocava que o filme era apenas um filme e nada mais.



Acredite, "naturalidade" é algo visto com pouca frequência nos filmes de hoje e os espanhóis sabem fazer isso muito bem. Os "grandes" de hollywood deveriam aprender a atuar por lá.

Infelizmente o filme não tem só vantagens:

-Tema clichê: fala sério. ZUMBIS? Isso já foi usado em quantos filmes? 1000? Talvez mais! Por que hoje terror é confundido com zumbis? Droga, dá pra fazer algo melhor. Zumbi não era clichê até 1968, quando saiu o primeiro filme de zumbis. Depois disso saiu uma VASTA COLEÇÃO de filmes desse tipo, a maioria totalmente trash. Não que trash seja totalmente ruim, mas... filmes de zumbi estão cada vez mais sem graça!

-Demora entre a explicação e a ação: ok. É necessário as apresentações e sei disso. Minha crítica é para a DEMORA disso. Por que tem que passar mais de meia hora de pura enrolação e depois tudo acontecer do nada? E não estou exagerando, tem muita ENROLAÇÃO sim. Sei que era pra ficar parecendo com uma gravação de um programa, mas porque não alongar o filme? Isso era possível sim.

-Filme MUITO curto: 75 minutos? Parece a duração de uma animação de longa metragem dos anos 50. A diferença é que esse tipo de animações tem a duração suficiente para isso, só que [Rec] não. Na verdade o filme começa lento e vai acelerando em progressão geométrica.

-Ordem cronológica dos eventos: há uma demora muito grande até o primeiro mordido ser infectado e virar um dos zumbis, mas os outros viram como se a mutação do vírus fosse extremamente rápida. Que diabos é isso? Não é mais fácil dar mais tensão no filme? Não é mais fácil ALONGAR o filme? Mas que merda de anta cozida, viu. E não há nenhuma explicação para isso.



-Enrolações, enrolações, enrolações: o filme já é pequeno. Para que diabos quero ver um "vaidoso" se ajeitando para a câmera antes de gravar? OK, é legal a realidade. É legal passar como se fosse mesmo um programa de TV, mas as enrolações passaram POR CIMA dos eventos que queríamos ver. O filme reproduz de uma forma muito lenta no início e do nada começa a acelerar como se falassem: "Nós só temos 75 minutos! Temos que acelerar! Esse filme tem que ficar com apenas 75 minutos!". Mas por quê? Seria muito bom ter um filme mais longo, teria mais tensão, mais suspense, mais angústia... mas não. O filme não tem nem 30 minutos de verdadeira tensão. Não é monótono, mas não é o que esperamos de um filme de terror.

Não seria mais fácil aumentar o filme?

Ah. Já chega. Já repeti isso trocentas vezes. Mas fiquei realmente IRRITADO. Não há motivos para fazer um filme tão pequeno. Dava pra fazer maior e consequentemente, melhor.

-Final: Típico final de filmes de terror: ou todos morrem e sobra 1 ou 2, ou todos morrem. Droga! O filme foi tão criativo, será que não davam pra fazer um final mais criativo não?

Garota possuída?

Cara, é ridículo. Eu fiquei pasmo do final ser TÃO RIDÍCULO como qualquer filme ultra trash de terror. Eu nem tenho palavras pra falar sobre ele. Se não viu o filme e leu esse spoiler mesmo assim, vá se preparando. É um final tremendamente CLICHÊ. Ridículo!

E sim, acho que merece os 3 ridículos no mesmo parágrafo.

Enfim.

Apesar de todas essas desvantagens, as vantagens passam por cima, além dos pontos neutros como "cenários", uso de sangue na escala perfeita... mas não há mais o que falar.

Se gosta de um terror com suspense, assista bem acordado, porque depois de toda a enrolação, o filme começa a ficar bom =]


Estrelinhas copiadas e editadas descaradamente do IMDB

Link pra baixar o filme no PSPenguin (por mim): http://pspenguin.blogspot.com/2008/03/rec-rec-2007.html

Link pra baixar o filme em torrent (AVI):
Ninguém baixa isso mesmo. Também não posto mais :D

Até a próxima =]

Igor

Regrinhas dos Spoilers

Bom, antes de mais nada eu queria dizer umas coisinhas:

Primeiramente, desculpe por ter ficado tanto tempo sem postar. Infelizmente não estava disposto no fim de semana e nos últimos 2 dias. Além de que não tinha nenhum filme em especial para criticar.

Segundo que agora farei uma básica modificação nos posts (de agora em diante. Os posts antigos continuarão da mesma forma). Agora eles terão SPOILERS. Se não sabe o que é um Spoiler, não é nada mais do que partes do filme contadas. Como por exemplo, eu contar o que acontece no final. Isso é um spoiler.

Não há problemas em ler um spoiler se já tiver visto o filme, mas se não viu, um Spoiler pode ser um problema sério e um verdadeiro estragador de surpresas.

Por isso deixarei os textos bem coloridinhos e bonitinhos (que gay, mas não encontrei forma melhor) para identificar cada tipo de spoiler. Vai aí a lista abaixo:

SEM SPOILERS: Partes que avaliam coisas como "produção", "atuação" e opiniões sem contar nada que acontece no filme. Estarão exatamente assim: em preto e sem negrito.

SPOILER FRACO: São pequenas partes contadas do filme que não interferem em nada ou quase nada mesmo se você ainda não tiver visto o filme. Não terá problemas em ler esse tipo de parte, mas se não deseja ler NADA do filme antes de assistir, só pular essas partes. Estarão exatamente assim: verde escuro e com negrito.

SPOILER MÉDIO: Partes do filme que acontecem e interferem pouco no filme. Como por exemplo, eu contar que no "Eu Sou a Lenda", Will Smith captura um dos infectados. Isso é um spoiler médio. Você pode ouvir antes do filme e vai ficar até curioso para que essa parte chegue. De qualquer forma, existem pessoas que não suportam de forma alguma ouvir coisas desse tipo. Se for o seu caso, pule essas partes. Estarão exatamente assim: azul escuro e com negrito.

SPOILER FORTE: Partes do filme que podem estragar qualquer fato inesperado ou até mesmo o prazer de ter assistido. É como eu contar o final de um filme inesperado ou uma parte que o filme "enrola" até que aconteça. Só recomendo que leia essas partes se você já assistiu o filme. Estarão exatamente assim: vermelho e com negrito.

Lembrando que cada um tem sua coloração (já está colorido acima se não percebeu), então já sabe. Se já viu o filme, pode ler sem problemas cada parte. Se ainda não viu, é por sua escolha.

Estou fazendo isso porque análises ficam bem melhores de serem feitas contando partes do filme, mas isso limitaria a apenas quem assistiu. Para permitir que você leia o blog SEM PRECISAR assistir o filme (ou apenas procurando uma opinião), resolvi fazer isso.

Enfim, era isso. Boa leitura nos próximos posts.

Ah sim! Próximo filme: [Rec]. Ainda hoje =]

Igor

3/28/2008

Gattaca - Experiência Genética (Gattaca - 1997)



Título brasileiro: Gattaca - Experiência Genética
Título original: Gattaca
Ano: 1997
Gênero: Drama / Ficção Científica
Duração: 106 minutos (1:46)
Site do IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0119177/
Nota do IMDB: 7.7/10 (47000+ votos)

Um filme que eu gostaria muito de falar. Não só por ter visto recentemente, mas também por ser um PUTA filme.

E esse "PUTA" significa sim aquela gíria que nós damos a coisas legais e boas e não ao significado do dicionário coloquial.

O filme é muito bom pela estória, drama envolvido, visão futurística, atuações...

Por que por tudo isso? Vejamos cada parte:

-Estória e Visão Futurística

O filme foi feito no "auge da ciência" do fim do século 20. Época em que os exames de DNA se tornaram mais viáveis (nos states, é claro) e também quando o DNA estava sendo mais estudado. Eram criadas várias teorias de que o ser humano poderia fazer modificações no DNA para criar o ser perfeito, para curar doenças, para aumentar a estimativa de vida e etc.

Atualmente foi descoberto que a mutação de DNA só é viável em novos seres (que ainda irão passar pela gestação) e que o mais viável para o ser humano com doenças terminais e relacionados são as celulas-tronco. Disso você já deve ter ouvido demais, inclusive que a igreja católica colocou as modificações genéticas de celulas-tronco como um dos pecados capitais.

Eu prefiro não dizer minha opinião sobre isso, afinal não é disso que estou comentando.

Pelo menos até hoje, quase 11 anos depois, o filme retrata um futuro que é sim possível: seres humanos criados com modificações genéticas, para serem quase perfeitos. E é disso que o filme se baseia.

Basicamente é um futuro em que existe dois tipos de pessoas: as normais e as modificadas geneticamente. As modificadas geneticamente são classificadas como "alta classe" e as normais, consequentemente são de "baixa classe".



Com isso nasce o preconceito genético, chamado no filme de "geneoísmo" e assim como o "racismo", prevalece a "mais alta classe". Quem nasce de concepção normal, tem pouquíssima chance de "crescer na vida", enquanto que quem é "especial" vai direto para trabalhos muito bem remunerados e mesmo se for um completo imbecil (intelectualmente falando e também no modo de ser) chega nos patamares mais altos facilmente.

Quem é de "baixa classe", pode escolher de viver como uma merda e se matar o resto da vida para ter metade do salário do primeiro emprego de um de "alta classe" ou apelar para as maneiras ilegais.

E é exatamente isso que o filme trata: um ser "normal" que queria ser "especial" e luta para isso na forma ilegal. A forma ilegal não é nada mais que usar um "especial" que por algum motivo está inabilitado de trabalhar como um. Nesse filme, o "normal" é apresentado a um "especial" chamado Jerome (Jude Law) que não pode mais viver como um, pois sofreu um acidente de carro e ficou paraplégico.

A estória em si é uma crítica imensa a qualquer tipo de preconceito. Uma previsão do estado em que o preconceito pode se tornar no futuro.

E vamos parar com a crítica técnica que deletei os posts antigos daqui por isso. Mas o que eu queria passar, já passei =]



-Drama envolvido

A estória é marcante mostrando o novo preconceito, logo o drama teria que combinar, senão ficaria algo muito artificial e sem vida.

Felizmente Gattaca consegue fazer isso perfeitamente. Ele passa a situação para nós e sentimos como se fosse algo real. Chega ficamos ao ponto de sentir raiva e pena pelo excessivo preconceito.

Essas eu considero 'A's vantagens do filme. Além das atuações perfeitas de cada um dos atores. Desde o principal até o último coadjuvante que fale algo.

O filme tem outras vantagens também, como Fotografia, excelente movimentação de câmera e boa mostragem do cenário.

Mas isso já está muito técnico, por isso paro por aqui senão farei um post chato e monótono.



Por falar em monótono, essa é uma das desvantagens do filme. Ele é INCRIVELMENTE lento. Mas muuuuuuuuuuuuito lento mesmo. Se a vontade de assistir não for muita, você pode acabar caindo no sono.

Logo no início do filme você tem toda a situação contada (que é quase o que eu falei acima). Até aí tudo bem, é necessário. Mas por que o resto do filme tem que seguir esse ritmo? É muito chato, mas muito mesmo. Nem nas partes que necessita de alguma "ação" o filme consegue ser rápido o suficiente.

Outra desvantagem são as músicas. São pouco utilizadas e quando utilizadas são repetitivas (como "Uma Mente Brilhante", que conta basicamente com uma única música).

E pra não dizer que só falo mal dos títulos brasileiros, esse foi legal. "Experiência Genética", apesar de não combinar tanto com o que o filme traz, é o suficiente para chamar atenção na época em que foi lançado, sem títulos toscos e clichês. Boa sacada dos caras.

E eu preciso MESMO ver filmes ruins, senão a tendência é ficar algo técnico mesmo =/

É isso. Paro por aqui. Recomendo que a quem não viu, que veja. Não vai se arrepender.


Estrelinhas copiadas e editadas descaradamente do IMDB

Link pra baixar o filme no PSPenguin (por mim): http://pspenguin.blogspot.com/2008/03/gattaca-gattaca-experincia-gentica-1997.html

Link pra baixar o filme em torrent (AVI):
BLU-RAY RIP (4.42 GB): http://www.mininova.org/get/1225072
DVD RIP (698.87 MB): http://www.mininova.org/get/257678

Legendas:
Legendas do BLU-RAY RIP e do DVD RIP (Créditos Mantidos): http://www.mybloop.com/go/BDo99c

Até a próxima =]

Igor

3/27/2008

Vanilla Sky (Vanilla Sky - 2001) e Preso na Escuridão (Abre los Ojos - 1997)

Você deve estar se perguntando porque postarei dois filmes de uma vez. Não, não é porque quero ficar um dia descansando (apesar que hoje não postarei a crítica, já que estou sem filmes na cabeça e também não estou muito disposto).

O motivo é simples: os filmes são parecidos. Pra não dizer: IGUAIS. Por que? Um é Remake do outro. Acho que é o Remake que foi mais rapidamente produzido. 4 anos de diferença.

Os dois filmes retratam as mesmas coisas, acontecem as mesmas coisas. Só mudam as personagens e o cenário.

Espere aí: mudam as personagens? Não totalmente! Penélope Cruz participa dos DOIS filmes interpretando a MESMA personagem. Sinceramente, o que passou na cabeça dos criadores de "Vanilla Sky"?

"Vamos pegar a Penélope Cruz porque é símbolo sexy (quê?) e colocaremos no remake também."
"Quanto ao nome da personagem dela?"
"Deixemos igual: Sofia Serrano."
"Muito legal! Mas ela tem que ser da Espanha, como falaremos dela?"
"Só falaremos que ela foi pra Nova York em busca de melhor vida. O resto não é importante"

Sim, eu não duvido nada que tenham dito: "o resto não é importante". Não explica nada sobre ela no filme (além do suposto diálogo ali) e do nada ela começa a falar espanhol, mas David (Tom Cruise) não tem curiosidade NENHUMA de saber de onde ela veio. Aí eu lhe pergunto: a história de Sofia não é importante? Bem, pros criadores do remake "Vanilla Sky", NÃO.

Mas não começarei a falar mal pelas tabelas antes de começar a crítica. Essa partezinha foi apenas pra explicar o propósito desse post e isso já foi explicado. Vamos começar com o remake "Vanilla Sky". Conhecido por muitos.

É bom que conheça a estória. Vai aí a sinopse:

"David (Tom Cruise) é um rico playboy que tem sua vida modificada quando uma de suas ex-namoradas (Cameron Diaz) não aceita vê-lo com outra mulher e resolve cometer suicício levando-o também para a morte. Ela morre mas ele sobrevive, apesar de ficar com o rosto completamente desfigurado. É neste momento que ele descobre o amor de outra mulher (Penélope Cruz). Além disso, ele descobre que seu rosto pode ser reconstituído. Mas sua felicidade é interrompida por estranhas visões que passa a ter com sua ex-namorada."

Tudo bem que a sinopse é para o Vanilla Sky, mas os filmes são equivalentes, então, nenhum problema.

Enfim, vamos lá.



Título brasileiro: Vanilla Sky
Título original: Vanilla Sky
Ano: 2001
Gênero: Ficção Científica / Drama / Romance
Tipo: Filmes
Duração: 136 minutos (2:16)
Site do IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0259711/
Nota do IMDB: 6.8/10 (61000+ votos)

Foi simplesmente um dos filmes que causou mais repercussão em 2001 (terceira vez que começo assim, tá na hora da criatividade). Os motivos são simples:

-Elenco
Conta com Tom Cruise, Penélope Cruz, Cameron Diaz, Kurt Russell, Jason Lee, Timothy Spall e Tilda Swinton. Sendo que a Swinton só aparece no final do filme. Quer dizer: ela é quase uma figurante! Imagine o tanto de cachê que pagaram só pra esse elenco.

-Estória
Diferente das que Hollywood costuma criar.

-Marketing
Se duvidar até a Microsoft perdeu em marketing de tanto anúncio sobre o filme.

Junte esses 3 e terá milhões ganhos só em uma semana.

Aí vem a pergunta: e o filme merece?

Bem...

Na minha sincera opinião, é um filme que só merece ser visto tendo um DVD e no conforto de sua casa. Não pegaria filas gigantescas no cinema nem pagaria para assistí-lo no cine. Preferia esperar o DVD, chamar uns amigos e colocar pra todos assistirem. Saíria mais barato e seria mais confortável.

Mas você me pergunta porque eu digo isso. Vamos lá:

-Atuações fracas
Usaram um elenco simplesmente PESADO para chamar atenção, agora custa fazer eles atuarem bem?

"Atuações boas? Temos pouco tempo para lançar esse filme! Come on! Come on! Come on!"

Sim, não duvido nada que disseram isso.

As atuações são comparadas as vistas em "The Mist" sendo que este usou um elenco bem mais fraco "famosalmente" falando. Então para quê colocar um "super" elenco se ele não atua como deve? Só serve pra enganar o público que espera um ótimo filme (como eu).

Vou dar exemplos de todos:
-Tom Cruise: fazia cenas perfeitamente significativas, enquanto em outras parecia um mané abobado rindo.

O que é um mané abobado rindo?

Isso:



Isso:



E também isso:



ARG! Detesto essa cara que ele faz nesse filme.

-Cameron Diaz: é uma BOA atriz. BOA naquele sentido mesmo que você está pensando, porque no resto...
-Penélope Cruz: nunca recebeu uma indicação ao Framboesa de Ouro tão merecida: pior atriz. E era pra ter ganho. Ela atuou bem melhor no "Preso na Escuridão", dentro dos seus limites, claro. Dava pra fazer melhor nesse filme.
-Kurt Russell: nunca foi grande coisa, pra esse filme atuou até razoável.
-Jason Lee: esse filme é a explicação porque hoje ele faz o seriado "My Name is Earl".
-Timothy Spall: talvez um dos poucos que prestaram em todo o filme. Nas poucas cenas que apareceu, fez expressões que combinavam com a cena e o momento.
-Tilda Swinton: a única cena em que apareceu mostrou que poderia ficar no lugar de muita gente nesse filme.

Perceba que elogiei uns, mas para esse elenco era pra ter elogiado TODOS se fizessem algo com maior calma e sem a ansiedade de ganhar dinheiro.

-Modificações contraditórias

Uma das vantagens de "Preso na Escuridão" é justamente a tristeza da estória. O ator principal é feliz, mas quando sofre o tal acidente e tem o rosto desfigurado, passa a viver como um inútil, em depressão contínua e etc.

Já em "Vanilla Sky", a situação era pra ser exatamente essa. "Era" porque não mostrou como deve.

Primeiro com Tom Cruise rindo abobado antes e depois do acidente. Aliás, porque o diretor deixou ele atuando assim? Ele achou engraçado? NÃO! NÃO é engraçado, bastardo maldito!

Segundo que a estória do filme diz que Tom Cruise entra em depressão (umas das boas cenas do filme é quando mostra essas partes), mas ele não parece estar tanto assim em depressão. Ele entra no que eu chamo de "depressão alegre". E isso existe? NÃO! Apenas em modificações mal feitas de Hollywood como essa.

Terceiro que o próprio David (Tom Cruise) diz não está nem aí com a beleza facial, só quer ter sua vida de volta por causa das enxaquecas. Achei isso legal, umas das poucas modificações boas. Mas porque logo depois (coisa de 2 minutos depois) quando oferecem uma máscara pra ele ele fala: "Ótimo, já tenho minha máscara de Halloween. E nos próximos 364 dias do ano?". Se ele não estava preocupado com beleza física, porque ele falou isso? Que contradição!



Mas enfim. "Meti o pau" nesse filme, mas tenho que justificar minha nota final. Ele também tem muitas vantagens:

-Trilha Sonora

Simplesmente a vantagem "mor" do filme. Um dos filmes com as melhores músicas e as mais combinativas que eu já vi. O final, apesar de não ser tão inesperado nem muito convincente, foi emocionante tocando Sigur Rós.

E não só o final. Várias partes tiveram excelentes músicas tocadas. Além de serem músicas boas, também combinavam com o momento.

-Flashbacks fakes

Não posso falar muito sobre isso, afinal é spoiler, mas vamos tentar o máximo possível:

Em algumas partes, Tom Cruise é obrigado a se lembrar dos acontecimentos. No meio dos acontecimentos que ele tenta se lembrar, o filme passa exatamente tudo que se passa na cabeça dele. Há algumas coisas que se passam que você fica em dúvida se aconteceu ou não, porque mostra as dúvidas de David.

Se isso fosse usado com muita frequência, seria chato e enganador, mas foi usado na medida certa. Uma boa vantagem.



-Explicações

Algumas pessoas dizem que esse filme não foi devidamente explicado. Eu já discordo disso. Pelo menos o "Preso na Escuridão" é bem mais confuso que "Vanilla Sky". Os dois são perfeitamente explicáveis, mas "Vanilla Sky" explicou o que deveria e deixou em duvida o que deveria. Teorias são boas se usadas adequadamente.

-Cenários e efeitos especiais

Podem não parecer importantes, mas você consegue assimilar que ele está mesmo em NY pelas partes em que mostram mais o cenário que o resto.

Os efeitos especiais não são tão necessários, mas onde foram aplicados, foram MUITO bem aplicados.

Quanto a outros detalhes como a estória, não tiveram grandes modificações. Falarei mais sobre ela no review do "Preso na Escuridão" abaixo.


Estrelinhas copiadas e editadas descaradamente do IMDB

Link pra baixar o filme no PSPenguin (por mim): http://pspenguin.blogspot.com/2008/03/vanilla-sky-vanilla-sky-2001.html

Link pra baixar o filme em torrent (AVI):
DVD RIP OPÇÃO 1 (684.4 MB): http://www.seedpeer.com/6913389079272/Vanilla+Sky+%5Bdivx%5D+Avi/21c23bd85f0a409c793866c158ad63e43cab843a
DVD RIP OPÇÃO 2 (1409 MB): http://dl.torrentreactor.net/download.php?id=1547740&name=Vanilla.Sky.DVDRip.DivX-ViTE

Legendas:
Legendas das 2 opções de DVD RIP (Créditos Mantidos): http://www.mybloop.com/go/ifBEP3

Vamos agora analisar o original.



Título brasileiro: Preso na Escuridão
Título original: Abre los Ojos
Ano: 1997
Gênero: Ficção Científica / Drama / Romance
Tipo: Filmes
Duração: 113 minutos (1:53)
Site do IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0125659/
Nota do IMDB: 7.8/10 (15000+ votos)

Aí está. É esse o filme que hollywood se aproveitou e fez sua versão.

Você já conhece a estória e ela não mudou. É aquilo mesmo e não muda nada, tirando o local que ao invés de ser NY é Barcelona (Espanha).

Mas a obra original tem muitas vantagens.



Sorrisinho idiota. Ainda bem que não é tão repetitivo quanto o que Tom Cruise faz.

Uma delas é a estória triste. A vida de César (David no "Vanilla Sky") é quase perfeita. Ele pouco trabalha, tem dinheiro herdado do pai e as mulheres caem em cima dele. "Vanilla Sky" seguiu isso. O que "Vanilla Sky" não conseguiu colocar no seu filme foi a tristeza depois do acidente. Eduardo Noriega (o César) consegue demonstrar isso muito bem. Sua vida vira um verdadeiro inferno após o acidente e o ator consegue encenar como se deve.

É isso que eu falo: um ator espanhol que pouco reconhecimento na mídia tem, consegue atuar melhor que Tom Cruise. Chega a ser hilário. Não só ele como Penélope Cruz, que apesar de não ser grande coisa, já foi BEM melhor nesse filme do que a MESMA ATUAÇÃO que fez em "Vanilla Sky". Sem contar os outros atores em que o reconhecimento mundial é zero. Todos atuaram como verdadeiros profissionais.

Faltou "profissionalismo" em "Vanilla Sky". Já copiou o filme, será que dava pra copiar as atuações também?

A situação que César fica nesse filme também é bem pior que a de David. A vida em geral. David ainda foi muito beneficiado, César chega ao ponto de "merda total". Sem contar o rosto. O cara fica parecendo um monstro, como você pode ver na foto abaixo:



E é isso que o "Vanilla Sky" deveria ser: triste. Nada mais. NÃO UM SORRISO ABOBADO DE TOM CRUISE, PORRA!

Mas enfim.

Infelizmente qualquer merda que eu contar pode ser spoiler pra estória toda, então paro por aqui.

Eu ia comentar sobre o título brasileiro, mas essa merda não merece nem ser comentada.

Mas aqui vai uma dica pra vocês: não vejam os dois filmes, ou vejam "Vanilla Sky" primeiro. "Vanilla Sky" fica bem pior se for assistido depois de "Preso na Escuridão".


Estrelinhas copiadas e editadas descaradamente do IMDB

Link pra baixar o filme no PSPenguin (por mim): http://pspenguin.blogspot.com/2008/03/abre-los-ojos-preso-na-escurido-1997.html

Link pra baixar o filme em torrent (AVI):
DVD RIP (700.99 MB): http://www.mininova.org/get/1131475

Legenda:
Legenda do DVD RIP (Créditos Mantidos): http://www.mybloop.com/go/H0LjYj

Até a próxima =]

Igor

3/25/2008

O Nevoeiro (The Mist - 2007)



Título brasileiro: O Nevoeiro
Título original: The Mist
Ano: 2007
Gênero: Drama / Terror / Ficção Científica / Suspense
Duração: 125 minutos (2:05)
Site do IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0884328/
Nota do IMDB: 7.6/10 (17000+ votos)

Outro filme que pelo menos aqui causou muita repercussão. Não sei no Brasil :P

Primeiramente vamos entender o propósito do filme:

Baseado em uma estória de Stephen King.

STEPHEN KING! YEAH! ELE MESMO!

O escritor de início e meio, mas que não sabe escrever final. Livros como: "Celular" e "O Cemitério" além da mini-série "Fenda no Tempo" são provas disso. Sem contar a ESTÚPIDA MANIA de não explicar NADA na estória. NADA! Apenas revelar umas cinco teorias e você que raciocine. Sei que serei bem criticado por isso, mas se você raciocinar um pouco, eu não estou mentindo.

Não estou dizendo que as estórias são ruins. Eu achei excepcional o livro "Celular". Simplesmente "engoli" ele do início ao fim. Nunca li um livro tão rápido na minha vida. Mas até hoje não "engoli" o final.

Duas metáforas de uma mesma palavra com significados diferentes em um só parágrafo! Nessa me superei!

Felizmente existem SIM exceções. Existem estórias com finais inesperados e com explicações, mesmo que sejam apenas teorias e "The Mist" é uma delas.

Deixando de baboseira e falando sobre o filme.

Vamos entender a estória:

"Após uma terrível tempestade, uma estranha névoa encobre uma pequena cidade. Criaturas ocultas no nevoeiro atacam as pessoas que saem as ruas. Um grupo fica preso em um supermercado e não pode sair do estabelecimento temendo ser atacado. A partir de então, começa uma luta sangrenta pela sobrevivência."

Retirei isso da Sinopse que já está lá no post da PSPenguin.

Quanto a estória é típica de todas que S.K. escreve: monstros que só aparecem nas piores horas, pessoa por pessoa se ferrando, um líder aparece e conforta a todos...

E é exatamente isso: é igual a qualquer estória de Stephen King.



Aí vem a pergunta: "O que há de tão especial nesse filme?"

Primeiro: a personalidade das personagens. Isso é uma excelente qualidade de S.K.. Cada um tem seus medos, seu modo de agir, sua personalidade em si. Isso pode até parecer normal para um filme e na verdade é. A questão é que começaram a achar isso antiquado e nos filmes atuais poucas personagens tem sua personalidade própria. Digo de novo: "Maldita Hollywood!"

Segundo: o clima do filme. O filme não é tão assustador, mas você sente a agonia que as personagens sentem. Interagir com as suas emoções de forma correta é muito bom.

Terceiro: nem todos acreditam na mesma coisa. Normalmente em filmes de terror, quando uma testemunha fala do que viu ou simplesmente todos passam a acreditar do nada ou dão risada e quando ouvem um som estranho passam a acreditar instantaneamente. Isso é PÉSSIMO! Quer dizer, isso nem mesmo é real! É como alguém te contar sobre o acidente que aconteceu com o amigo do amigo do seu amigo e quando você vê esse amigo do amigo do seu amigo com um arranhão mixuruca, você passa a acreditar na história como se aquilo fosse tão convincente. "The Mist" acertou nesse ponto. Nem todos acreditaram, uns só no que viram e outros mesmo depois de mostrarem a "prova" para um dos que não acreditaram, continuaram não acreditando (nossa, isso ficou confuso! hahaha).

Quarto: não há nenhum "Neo" ou "Chuck Norris" na estória, assim como "I am Legend". Pelo menos ter um fodão que mate todos os monstros e aja normalmente, é ultra clichê.



Quinto: final triste e inesperado. Poucos filmes eu fico ouvindo e olhando pros créditos completamente "abobado" e sem reação.

Sexto: música original. Eu ia falar "Trilha sonora", mas é a única música que ouvi no filme. Pode não ser fenomenal, mas nunca combinou tanto quanto nas partes em que é tocada.

Sétimo: interação com o espectador. Você fica empolgado assistindo o filme! Várias cenas eu fiquei revoltado e "torcendo" para que coisas acontecessem e para que outras NÃO acontecessem. A melhor coisa é você ver filmes em que se concentra totalmente.

Oitavo: perfeito sincronismo entre a necessidade e a falta de explicação. Nisso o final ajuda, pois você acaba sem saber muita coisa sobre o que realmente estava acontecendo, mas não sente falta de uma explicação. "Cloverfield" é outro que traz essa característica (e não se preocupe, que terá sim sua análise).

E preciso assistir filmes ruins. Não dá nem graça de ficar elogiando filmes assim. Infelizmente essa merda merece! hehehe



Mas há coisas ruins nesse filme e não podem passar em branco!

Poucas explicações. Já disse e repito: S.K. tem uma mente muito criativa, mas não sabe explicar os acontecimentos. Eu sei que eu disse que o final do filme você esquece de tudo isso, mas você fica o filme INTEIRO querendo uma explicação. Quando a empolgação passa, você volta a querer uma explicação mais óbvia. Tudo bem que houve uma única teoria e boa parte das coisas ficaram até claras, mas não foi o suficiente. Pelo menos foi o mais perto de uma explicação que S.K. já fez.

Atuações: pra um filme desse nível deveriam ao menos pegar atores melhores. Muitas encenações não convenceram nem um pouco e isso inclui o próprio ator principal, que apesar de ter feito um trabalho razoável, demonstrou poucas expressões e reações adversas ao que ocorria em tais momentos.

É bom deixar claro que quando eu digo: "atores melhores", não me refiro aos "grandes" de hollywood (nunca as aspas foram tão necessárias) e sim apenas "bons atores" sejam eles famosos ou não.



E uma outra coisa que na verdade não tem muito a ver com seu filme, mas com seu título.

"Lá vem comentário sobre o nome em português". Sim. Acertou em cheio.

Mas aí você deve estar pensando: "mas a tradução foi literal. The Mist para O Nevoeiro. Não há o que falar sobre isso". Exatamente, mas não é desse título que estou falando.

Estou falando é do primeiro título que foi especulação antes de lançar:

"Nevoeiro Misterioso"

...

Sinceramente, que MERDA foi essa? Nevoeiro MISTERIOSO?

Misterioso é o que passa na merda das cabeças desses infelizes que adaptam títulos de filmes.

E um grande filme como esse não deve ter um título tão clichê. "Clichê" é um elogio na verdade, porque o título mesmo se não fosse clichê seria uma bosta de macaco pisada.

Você assistiria um filme chamado "Nevoeiro Misterioso"? Eu não. Na verdade formaria um grupo com vândalos e invadiria todos os cinemas possíveis, destruindo todos os cartazes com esse filme e junto com eles queimaria o rolo do filme até não sobrar nada.

E isso é uma pena, perderia um excelente filme por culpa desses bastardos.


Estrelinhas copiadas e editadas descaradamente do IMDB

Link pra baixar o filme no PSPenguin (por mim): http://pspenguin.blogspot.com/2008/03/mist-o-nevoeiro-2007.html

Link pra baixar o filme em torrent (AVI):
DVD RIP OPÇÃO 1 (701.54 MB): http://www.mininova.org/get/1230489
DVD RIP OPÇÃO 2 (699.98 MB): http://www.mininova.org/get/1226317
DVD RIP OPÇÃO 3 (1.38 GB): http://www.mininova.org/get/1225330

Legendas:
Legendas das 3 opções de DVD RIP (Créditos Mantidos): http://www.mybloop.com/go/Jj57Z8

Até a próxima =]

Igor

3/24/2008

O Operário (El Maquinista / The Machinist - 2004)



Título brasileiro: O Operário
Título original: El Maquinista
Ano: 2004
Gênero: Drama / Suspense
Duração: 101 minutos (1:41)
Site do IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0361862/
Nota do IMDB: 7.8/10 (37000+ votos)

Por hoje falarei de um filme que não é muito conhecido no Brasil. O motivo é muito simples:

O FILME É INSANO!

E antes que pergunte, o insano que quero me referir não é uma gíria estúpida e sem graça que significa THE BEST MOVIE EVER, mas sim o significado original da palavra.

Trevor, a personagem que Christian Bale interpreta, está sem dormir há um ano. Sim, exato! 1 ano, 12 meses, 52 semanas, 365 dias, 8760 horas, 525600 minutos, 31560000 segundos... como preferir. Tem alguma noção do que é isso?

Os resultados não são nem um pouco bons. Ele sente cansaço extremo, a saúde está debilitada, ele perdeu tantos quilos que está parecendo um aidético... e isso não é ficção. Insônias extremas como essas são reais.

É claro que vem a primeira pergunta do filme: "por que ele está assim?"

Bem, assista o filme, ora essa! Se eu contar, estraga tudo!

Vou contar apenas o início do filme: Trevor está em um cais com algo que parece uma pessoa enrolada. Ele pega essa pessoa e joga no mar até que aparece alguém com uma lanterna e do nada a localização muda pra casa dele, mas ele está do mesmo jeito que aparece no início e lavando o rosto. De repente a câmera foca para um papel colado na parede escrito: "Who are you?". Se seu inglês é fraco, eu traduzo pra você. Significa: "Quem é você?"



Lendo o que escrevi acima, o que você pensa? Clichê de última categoria, não é? Pensei a mesma coisa até que o filme começou a desenrolar.

O início é muito parado. Aparentemente ele é uma pessoa normal, solteiro e tem um emprego fixo como um maquinista.

Aliás, isso é algo que eu queria comentar: por que traduziram isso para "O Operário" e não para "O Maquinista"? "Ah, mas é tudo a mesma coisa!" na verdade existe algumas diferenças, mas para o título do filme são sim a mesma coisa.

Mas é ESSE o ponto!

De acordo com o WorkPedia:

Maquinista

s.m. e s.f. Condutor ou operador de máquina. / Pessoa encarregada de montar e desmontar os cenários e acessórios de teatro e de cinema.

Operário

s.m. Pessoa que, mediante salário, se dedica a um trabalho manual por conta de um empregador. // Operário de empreitada, operário que executa um trabalho com material por ele fornecido, e que é pago de forma previamente combinada. // Operário qualificado, operário que executa trabalhos com qualificação profissional. // Operário especializado, operário que executa trabalhos que não requerem conhecimento global de um ofício, mas somente conhecimento de determinado setor.


Perceba que Operário pode significar várias coisas, enquanto Maquinista significa EXATAMENTE o que ele faz no filme: "Condutor ou operador de máquina.".

Então por que usar OPERÁRIO ao invés de MAQUINISTA? PRA QUÊ COMPLICAR NO TÍTULO QUANDO SIMPLESMENTE PODE TRADUZIR AO PÉ DA LETRA? Será que custa RACIOCINAR UM POUCO?

"O Operário". O que você pensa desse título?

O que eu penso é: um filme com Tom Hanks em que ele tem uma família com mulher e quatro filhos. Ele foi demitido do seu emprego de uma fábrica qualquer por um motivo (que não importa) e luta pra manter a mulher mais quatro filhos, já que ele é analfabeto e foi demitido INJUSTAMENTE (sempre é assim).

Ou ele passa o filme inteiro tentando provar que foi injustiçado e no fim ganha o emprego de volta ou aprende a ler e no fim prova que é o melhor ser humano do mundo apenas por saber o BÁSICO da leitura.

Para melhorar o clima dos espectadores, o filme começa com uma frase que ocupa o meio da tela escrito: "Baseado em fatos reais".

Legal, não? Talvez pra você. Um filme que eu manteria distância e se fosse assistir dormiria na primeira das 4 horas de duração (sempre esses filmes são ultra longos).

Mas, VOLTANDO ao verdadeiro "O Operário":

O filme começa bem chatinho mesmo, até que coisas estranhas começam a acontecer.

Não vou contar quais coisas estranhas são essas, mas aí vai imagens para refletir:





Bem, tentarei falar do máximo do filme sem SPOILERS apesar que isso vai prejudicar um pouco a análise.

Repetindo a frase que eu disse no início: "O FILME É INSANO!" e o porquê disso é muito simples: você acompanha toda a estória e acha que é algo bem simples, até que de repente (de repente! Yey!) você começa a ter problemas de distinguir entre ficção e realidade. Tudo parece ser simples no início até que algo põe em dúvida se uma coisa é real ou ficção. Desde desse ponto, o filme começa a ficar cada vez mais maluco.

O que você enxerga é exatamente o que Trevor vê. Consequentemente você começa a pensar como ele. Trevor parece estar enloquecendo e isso não é um bom sinal.

Quanto a partes do filme, não posso contar mais senão é spoiler, então vamos ver os pontos:

Uma excelente qualidade do filme é você só ver um dos lados (o de Trevor, como eu disse acima). Isso ajuda no final que é totalmente inesperado. "Final inesperado" é outra excelente qualidade de filme que está cada vez mais raro. Maldita hollywood.

No quesito explicação é confuso ao decorrer do filme, mas felizmente no final é explicado os quesitos principais. Apesar de isso parecer normal, não é tanto assim. Filmes como "Madrugada dos Mortos" não explicam absolutamente nada e você tem que ficar em teorias. Teorias são legais sim, mas uma explicação básica é necessária. Outro ponto positivo.

Quanto aos negativos: por que o início do filme tem que pecar no monótono? Eu comecei a assistir o filme já com sono e quase durmo no meio por isso.

Além do título brasileiro tentando imitar criatividade, existe também o fato da falta de trilha sonora. Poucas cenas tem músicas e normalmente não são de tão alta qualidade como o filme mereceria.

Mas, enfim. Recomendo o filme se gosta de filmes confusos e com explicação no final. É bom raciocinar enquanto assiste, hehehe.

Agora outro ponto que não tem a ver com o filme em si, mas sim onde ele foi produzido.

Percebeu que o nome original é "El Maquinista"? Sim, o filme é espanhol.

Acontece que o filme é espanhol apenas no título original já que o filme é INGLÊS, se passa nos ESTADOS UNIDOS e NÃO EXISTE UM ÚNICO ESPANHOL NO FILME. Além do fato que o filme estreiou nos States antes de qualquer lugar.

Então por que porra esse filme é ESPANHOL? Será que saíria mais barato criar na Espanha? Se for isso, o que os criadores queriam? Economizar? Que egoísmo! Dinheiro não é tudo! E de qualquer forma Tio Patinhas tem boa parte dele.

Enquanto isso, no FRACO "Sonhando Acordado" (2007) foram gastos 15 milhões de dólares. Estou até hoje querendo saber em quê. Não há nada de especial nesse filme para gastar esse dinheiro, além da cara de pato da Penélope Cruz que deve ter cobrado uma fortuna de cachê.

Mas isso já fica para o comentário exclusivo sobre esse "filme".


Estrelinhas copiadas e editadas descaradamente do IMDB

Link pra baixar o filme no PSPenguin (por mim): http://pspenguin.blogspot.com/2008/03/el-maquinista-maquinist-o-operrio-2004.html

Link pra baixar o filme em torrent (AVI e MKV):
HD-DVD RIP (4.42 GB): http://www.mininova.org/get/964193
DVD RIP (707 MB): http://www.torrentportal.com/download/1439384/The.Machinist.2004.LiMiTED.DVDRip.XViD-NOX.torrent

Legendas:
Legendas do HD-DVD RIP e do DVD RIP (Créditos Mantidos): http://ifile.it/euw5hos

Até a próxima =]

Igor